quarta-feira

O momento


























As peles estão sôfregas húmidas por ainda não estarem despidas
Os dentes rangem por quererem ser os lábios que beijam
Seus olhos fixam o vazio e assim caiem nas mãos e no sexo de quem os tem

De fio a pavio liberta-se uma força e garra brutal,
E assim revelam-se batentes defeituosos naquele normal
corrimento de vários tortuosos explosivos toques de aprazimento

É tudo uma contradição
jurar ficar e não aguentar a pressão do que foi dito
Chamam-lhe amar, gostar e adoração
Mas o que é senão uma absolvição de todo o mal

O tempo passa e estende-se a capa do corpo que o envolve
e criam-se marcas de uma luta até a morte

Ocorrem trocas fluídas de organismos microscópicos
Que dão vida a um novo apogeu de um gigante de inimaginável porte

Ali és capaz de aguentar tudo
e do silencio mudo vem o som
o som de entre o seios do mais belo corpo desnudo
o corpo do maior amor do mundo

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